Spiga

Ao Levantar-se

Agradeça a Deus a bênção da vida, pela manhã. Se você não tem o hábito de orar, formule pensamentos de serenidade e otimismo, por alguns momentos, antes de retomar as próprias atividades.
Levante-se com calma.
Se deve acordar alguém, use bondade e gentileza, reconhecendo que gritaria ou brincadeiras de mau gosto não auxiliam em tempo algum.
Guarde para com tudo e para com todos a disposição de cooperar para o bem.
Antes de sair para a execução de suas tarefas, lembre-se de que é preciso abençoar a vida para que a vida nos abençoe.

Livro: "Sinal Verde"
Médium: Francisco Cândido Xavier
Por: André Luiz

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Bem e mal sofrer

Quando o Cristo disse: "Bem-aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence", não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer jazam sobre a palha. Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcionado às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.
O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma.
Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral. Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa.
Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: "Fui o mais forte."
Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. - Lacordaire. (Havre, 1863.)

Livro: "O Evangelho Segundo o Espiritismo"
Autor: Allan Kardec

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Somos Todos Inocentes

Observando o que se passa no mundo, onde a violência, a crueldade, a corrupção, a maldade, a hipocrisia, parecem haver tomado conta de tudo, você se pergunta como Deus permite que pessoas inocentes, bondosas e honestas sejam forçadas a suportar essa convivência.
E a noção da injustiça e o medo vão estabelecendo uma descrença progressiva que como um vírus destruidor vai contaminando as pessoas, inferiorizando-as e colocando-as como vítimas indefesas da sociedade.
Julgando defendê-las, você briga com a vida, procura os culpados, deseja vê-los punidos e, dedo em riste, vai tentando descobri-los entre os políticos, os jornalistas, o governo, os artistas, os escritores, os militares, os sindicatos, os empresários, etc.

Dentro desse processo, é fácil ir para o âmbito pessoal e culpar o patrão pela sua falta de dinheiro, a esposa ou o marido, pela sua infelicidade, os pais, os amigos, a crise, a recessão, a poluição, a sorte. Para o que sofre, sempre haverá um culpado.
A culpa tornou-se um elemento fundamental. Somos todos muito rigorosos  quanto a isso. Quem fez deve pagar. E prazerosamente, divulgamos casos onde as pessoas que erraram, pagaram pelos seus erros.
E o que dizer da mea-culpa? Quem cultiva a culpa, costuma ser um cobrador inveterado de si mesmo.
Entretanto, a moral cósmica é muito diferente. Tendo militado nas leis da Terra,  custei muito a compreender isso. Mas agora eu sei que somos todos inocentes.
Diante do quadro que você tem diante dos olhos, talvez não concorde comigo. Mas, eu sei que o que você quer mesmo, é melhorar as suas condições no mundo, melhorando a sociedade.
Se é o que deseja, comece a perceber que a culpa nunca contribuiu para isso, nem a punição jamais conseguiu consertar ninguém.
Cada um tem um nível que lhe é próprio e vai agir de acordo com ele. Será inútil exigir de alguém algo que ainda não pode dar. Quanto aos erros, eles representam degraus necessários à aprendizagem. Culpar alguém por isso, é  injusto e ineficaz.
Claro que a sociedade precisa de leis que regulamentam a ordem e precisa preservar o direito do homem, mas só.
Além do mais, Deus nos fez do jeito que somos, com o poder de criarmos nosso destino, de manusear a matéria, até certo ponto. O sofrer é desagradável, mas educa, o esforço é trabalhoso, mas desenvolve, a confiança é abstrata, mas harmoniza; a consciência do próprio poder, centra e dignifica.
Escrevendo esse livro, coloco em suas mãos a descoberta dessa realidade. Se você não quiser vê-la agora, não importa. Eu sei que um dia você vai chegar lá. Então, nesse dia, poderá olhar o mundo de hoje e compreender que ninguém é  vítima de ninguém, que apesar das aparências, a vida mantém tudo sob controle e tudo está certo como está.

Livro: "Somos Todos Inocentes"
Médium: Zibia Gasparetto
Por: Lucius

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Reclamações

Aprendamos a evitar reclamações para não agravar dificuldades.
Perante situações em que a corrigenda se faça realmente necessária, entregue as circunstâncias aos responsáveis pela orientação delas, que sabem quando e como intervir.
Se você achou o ponto nevrálgico de alguma crise, terá encontrado o lugar onde o proveito geral lhe pede auxílio.
Procurando retificar algum erro, vale mais o seu conhecimento do bem que o seu conhecimento do mal.
Resguardando a harmonia de todos, imagine-se na condição da pessoa em que você pretende colocar o seu problema.
Reflita nas tribulações que provavelmente estará atravessando a criatura a quem você deseja apresentar a sua crítica.
A sua reclamação não lhe trará vantagem alguma.
Azedume para com as pessoas das quais você espera cooperação e serviço é o modo mais seguro de preveni-las contra o seu próprio interesse.
Qualquer pessoa, quando cultive a paz, pode retirar-se em paz do lugar onde se julgue em desarmonia ou desapreço.
Experimente desculpar sempre, porquanto aquilo que nos parece falha nos outros, pode surgir por falha igualmente em nós e, em se tratando em desculpar, se hoje podemos dar, chegará sempre para cada um de nós o dia de receber.

Livro: "Respostas da Vida"
Médium: Francisco Cândido Xavier
Por: André Luiz

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Perante os Profitentes de Outras Religiões

Estimar e reverenciar os irmãos de outros credos religiosos.
O sarcasmo não edifica.
Não exasperar-se em oportunidade alguma, ainda mesmo pretextando defesa dos
postulados religiosos que lhe alimentam o coração, a fim de evitar o vírus da cólera e as incursões das forças inferiores no próprio íntimo.
A exasperação leva ao desequilíbrio e à queda.
Aproveitar o tempo e as energias, fugindo às discussões estéreis em torno das origens da Vida e do Universo ou sobre tópicos fundamentais do Espiritismo.
Espíritos existem que se esforçam para não crer em sua própria existência.
Em nenhuma circunstância, pretender conduzir alguém ou alguma instituição, dessa ou daquela prática religiosa, à humilhação e ao ridículo.
O Sol, em nome de Deus, ilumina o passo de todas as criaturas.
Suportar construtivamente as manifestações constantes de cultos exóticos e estranhos à simplicidade e pureza do Espiritismo, oferecendo, tanto quanto possível, auxílio e cooperação, sem pretensiosas exigências aos companheiros que a tais cultos se prendem.
Muitos irmãos distantes serão, em futuro próximo, excelentes cultores da Doutrina Espírita.
A título de preservar o corpo doutrinário do Espiritismo, ou de defender a Verdade, não faltar com a compreensão espírita cristã nem agarrar-se a conceituações radicais e inamovíveis.
Quando apaixonado e desmedido, o zelo obscurece a razão.
Sistematicamente, não impor ou forçar a transformação religiosa dos irmãos alheios à fé que lhe consola o coração.
Toda imposição, em matéria religiosa, revela fanatismo.
Silenciar todo impulso a polêmicas com irmãos aprisionados a caprichos de natureza religiosa.
Discussão, em bases de ironia e azedume, é pancadaria mental.
“Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados.” (TIAGO, 5:9.)

Livro: "Conduta Espírita"
Médium: Francisco Cândido Xavier
Por: André Luiz

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Trabalhar

Se você acredita no valor da preguiça, olhe a água parada.
Seja qual seja o seu problema, o trabalho será sempre a sua base de solução.
Não existe processo de angústia que não se desfaça ao toque do trabalho.
Diante de qualquer sofrimento o trabalho é o nosso melhor caminho para a libertação.
O segredo da paz íntima é agir um tanto mais além das nossas supostas possibilidades na construção do bem.
Não se aborreça se alguns companheiros lhe abandonaram a estrada; continue em seu próprio dever e o trabalho lhe trará outros.
O que você faz é aquilo que você tem.
A força está com a razão, mas a razão está do lado de quem trabalha.
Todos os medicamentos são valiosos na farmácia da vida, mas o trabalho é o remédio que oferece complemento a todos eles.
Quem trabalha encontra meios de esclarecer, mas não tem tempo de discutir.
O sucesso quase sempre se forma com uma parte de ideal e noventa e nove partes de suor na ação que o realiza.
 
Livro: "Respostas da Vida"
Médium: Francisco Cândido Xavier
Por: André Luiz

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Pensar

O pensamento é a nossa capacidade criativa em ação. Em qualquer tempo, é muito importante não nos esquecermos disso.
A ideia forma a condição; a condição produz o efeito; o efeito cria o destino.
A sua vida será sempre o que você esteja mentalizando constantemente. Em razão disso, qualquer mudança real em seus caminhos virá unicamente da mudança de seus pensamentos.
Imagine a sua existência como deseja deva ser e, trabalhando nessa linha de ideias, observará que o tempo lhe trará as realizações esperadas.
As leis do destino carrearão de volta a você tudo aquilo que você pense. Nesta verdade, encontramos tudo o que se relacione conosco, tanto no que se refere ao bem, quanto ao mal.
Observe e verificará que você mesmo atraiu para o seu campo de influência tudo o que você possui, tudo aquilo que faz parte do seu dia-a-dia..
Deus é Amor e não pune criatura alguma. A própria criatura é que se culpa e se corrige, ante os falsos conceitos que alimente com relação a Deus.
Em nosso íntimo a liberdade de escolher é absoluta; depois da criação mental que nos pertence, é que nos reconhecemos naturalmente sujeitos a ela.
O Bem Eterno é a Lei Suprema; mantenha-se no bem a tudo e a todos e a vida se lhe converterá em fonte de bênçãos.
Através dos princípios mentais que nos regem, de tudo aquilo de nós que dermos aos outros, receberemos dos outros centuplicadamente.

Livro: "Respostas da Vida"
Médium: Francisco Cândido Xavier
Por: André Luiz

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Não Estrague o Seu Dia

A sua irritação não solucionará problema algum.
As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.
Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.
O seu mau humor não modifica a vida.
A sua dor não impedirá que o Sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.
A sua tristeza não iluminará os caminhos.
O seu desânimo não edificará a ninguém.
As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.
As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.
Não estrague o seu dia. Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o Infinito Bem.

Livro: "Agenda Cristã"
Médium: Francisco Cândido Xavier
Por: André Luiz

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Conduta Espírita no Lar

Começar na intimidade do templo doméstico a exemplificação dos princípios que esposa, com sinceridade e firmeza, uniformizando o próprio procedimento, dentro e fora dele.
Fé espírita no clima da família, fonte do Espiritismo no campo social.
Calar todo impulso de cólera ou violência, amoldando-se ao Evangelho de modo a estabelecer a harmonia em si mesmo, perante os outros.
A humildade constrói para a Vida Eterna.
Proporcionar às crianças os fundamentos de uma educação sólida e bem orientada, sem infundir-lhes medo ou fantasias, começando por dar-lhes nomes simples e naturais, evitando a pompa dos nomes famosos, suscetíveis de lhes criar embaraços futuros.
O lar é a escola primeira.
Sempre que possível, converter o santuário familiar em dispensário de socorro aos menos felizes, pela aplicação daquilo que seja menos necessário à mantença doméstica.
A Seara do Cristo não tem fronteira.
Se está sozinho com a sua fé, no recesso do próprio lar, deve o espírita atender fielmente ao testemunho de amor que lhe cabe, lembrando-se de que responderá, em qualquer tempo, pelos princípios que abraça.
A ribalta humana situa-nos sempre no papel que devamos desempenhar.
Ao menos uma vez por semana, formar o culto do Evangelho com todos aqueles que lhe co-participam da fé, estudando a verdade e irradiando o bem, através de preces e comentários em torno da experiência diária à luz dos postulados espíritas.
Quem cultiva o Evangelho em casa, faz da própria casa um templo do Cristo.
Evitar o luxo supérfluo nos aposentos, objetos e costumes, imprimindo em tudo características de naturalidade, desde os hábitos mais singelos até os pormenores arquitetônicos da própria moradia.
Não há verdadeiro clima espírita cristão, sem a presença da simplicidade conosco.
“Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus.” — Paulo. (I TIMÓTEO, 5:4.)

Livro: "Conduta Espírita"
Médium: Francisco Cândido Xavier
Por: André Luiz

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Educação Sexual na Visão Espírita

“Disse a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não tenha mais sede, nem venha aqui tirá-la. Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e volta aqui. Respondeu-lhe a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Disseste bem, dizendo que não tens marido; porque cinco maridos tiveste e o que agora tens não é teu marido; nisto falaste a verdade.” (João, 4:15-18.)

Essa passagem evangélica de extrema grandeza espiritual, vivida junto ao tradicional “poço de Jacó”, na Samaria, e registrada por João, destaca a escolha da samaritana para dialogar com o Mestre e ouvi-lo enunciar a dulcíssima mensagem:“[...] Todo aquele que beber da água que eu lhe der jamais terá sede” (4:13). Ao falar-lhe sobre os seus maridos, Jesus mostra à mulher o verdadeiro sentido da “água a ser bebida” e que nunca haveria de acabar, libertando-a da sede de amor que tanto a atormentava, após frustradas experiências amorosas.As palavras iluminadas da autora espiritual Amélia Rodrigues ressaltam as emoções vividas pela samaritana naqueles momentos do encontro inesquecível:

[...] Os meigos olhos d’Ele incendeiam- se e se fixam nos olhos dela, penetrando-lhe o recôndito do espírito.

[...] Ela se perturba. Era uma pecadora e Ele o sabia –, conjectura. Esse era o seu tormento íntimo. Quanto se sentia ferida, humilhada no seu amor, receosa! As lágrimas afloram e escorrem abundantes; a palavra empalidece o vigor nos seus lábios e, quase sem fôlego, esclarece: – Não tenho marido. A vergonha estampa no seu rosto moreno a própria dor.

Ao associarmos esse colóquio a certos problemas atuais do sexo, a exigirem soluções imediatas em função da sua gravidade, quando multidões parecem estar distantes da realidade, como se o ser humano nada mais fosse do que um “animal que pensa”, é possível considerar os prejuízos e os desajustes ético-morais que acarretam as dolorosas provas a serem vividas por aqueles que se desequilibram na aplicação das suas energias genésicas.

As imperfeições na área da sexualidade são desastrosas para muitos de nós, atormentando as mentes em desalinho que assim permanecem, graças ao descontrole do sexo mal dirigido e causando nas criaturas desequilíbrios emocionais profundos, principalmente no desentendimento entre os parceiros que fracassam na comunhão afetiva e que geram, entre outras situações aflitivas, dificuldades, tais como: infidelidade, abandono, prostituição, violência doméstica, rejeição à gestação (mormente, na adolescência), aborto etc. Esses transtornos, infelizmente, em determinados casos, resultam em crimes passionais ou suicídios desesperados, nascidos de psicoses obsessivas verdadeiramente traumáticas.

Por essa razão, a análise do presente tema só será possível se o tratarmos sob o ponto de vista espiritual, sem deixar de dar importância aos estudos desenvolvidos pelas cátedras materialistas,que se restringem, unicamente, aos resultados psíquicos, fisiológicos, e de encaminhamento legal, obtidos na união sexual, conhecimentos esses transmitidos pelos educadores aos adolescentes, de forma inadequada,que faz com que as orientações científicas dos especialistas cometam equívocos sobre as questões que emergem da sexualidade, sobretudo em consequência da falta do conhecimento basilar das ideias reencarnacionistas. O Espírito Emmanuel, ao discorrer sobre tais particularidades, afirma com sabedoria:

– Não devemos esquecer que o amor sexual deve ser entendido como o impulso da vida que conduz o homem às grandes realizações do amor divino, através da progressividade de sua espiritualização no devotamento e no sacrifício.

[...] É aí que urge o esforço de autoeducação, porquanto toda criatura necessita resolver o problema da renovação de seus próprios valores.

Ressalta, todavia, o preclaro Benfeitor:

[...] em vez da educação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo.

A necessidade de amparo educativo adequado ao entendimento dos problemas do amor e do sexo permitirá ao Espírito encarnado libertar- se de velhas imperfeições, nascidas desses embaraços sentimentais que despontam do passado multimilenar, pois, no dizer da insigne educadora espiritual Joanna de Ângelis, “[...] o problema do sexo é do espírito e somente do espírito virá, para ele, a solução”.3

É imprescindível refletir sobre a urgência de transmitir às crianças e aos jovens, de acordo com o nível de compreensão de sua faixa etária, orientações salutares de como as vivências amorosas futuras poderão ser equilibradas quando utilizamos, também, as próprias forças genésicas para setores de atividades criativas, promovendo ocupações produtivas, físicas ou morais, que lhes possibilitem, na idade adulta, maior equilíbrio e não extremismo nas experiências sexuais, sem cometer desregramentos, mas esforçando-se no cultivo do respeito entre dois seres que se unem. O Espírito Maia de Lacerda destaca o realismo e a emergência desses estudos, ao observar os obstáculos encontrados pelo despreparo de pessoas que adotam comportamentos deploráveis em que, ao lesarem

[...] almas dignas que lhes merecem a afeição, se desvairam [...] à procura de companhias e parceiros outros de novidade emotiva, interrompendo serviços absolutamente imprescindíveis para eles no quadro da reencarnação [...].

Esses efeitos poderiam ser evitados se os pais abordassem esclarecimentos de modo franco e sincero, na fase da infância e da adolescência de sua prole, sobre as indagações que surgem a respeito do sexo, estimuladas, especialmente, pela excessiva propaganda dos tempos modernos da informação, causando extrema curiosidade sobre o assunto; enfoques que nem sempre dignificam os princípios humanos e que influem, negativamente, sobre os filhos. Objetivamente, esses são pontos de vista que conferem “pretensa legitimidade às relações sexuais irresponsáveis” e tratam “consciências qual se fossem coisas”.

Sabemos que “o livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo”,6 procurando discernir entre o bem e o mal; cederá às influências, boas ou más, em função de sua livre vontade e resistirá, ou não, às tentações que surgem da própria imperfeição ou das fraquezas morais que são sempre indícios de uma alma imperfeita. Jesus, sabedor de nossas fragilidades, ao ensinar a Oração dominical, sugere, sabiamente, em um de seus trechos:“Não nos deixes sucumbir à tentação, mas livra-nos do mal”(Mateus, 6:13). A resposta dada pelos Espíritos reveladores à pergunta 261, em O Livro dos Espíritos, traz luz para nossa compreensão sobre o que é preciso fazer nas provações, que nos cumpre passar, sem que venhamos a sofrer toda sorte de tentações de variadas naturezas:

[...] bem sabeis haver Espíritos que desde o começo tomam um caminho que os exime de muitas provas.Aquele, porém, que se deixa arrastar para o mau caminho, corre todos os perigos que o inçam. Pode um Espírito, por exemplo, pedir a riqueza e ser-lhe esta concedida. Então, conforme o seu caráter, poderá tornar-se avaro ou pródigo, egoísta ou generoso, ou ainda lançar-se a todos os gozos da sensualidade. Daí não se segue, entretanto, que haja de forçosamente passar por todas estas tendências.

Em decorrência, se queremos contribuir para o progresso espiritual de nossos rebentos,“há necessidade de iniciar-se o esforço de regeneração em cada indivíduo, dentro do Evangelho, com a tarefa nem sempre amena da autoeducação”.

As publicações da literatura espírita, de livros seguramente fundamentados nas obras básicas de Allan Kardec, oferecem para os jovens e adultos farto material sobre as dúvidas que giram em torno do sexo, permitindo-nos discuti-las, essencialmente, com a família, na exemplificação do bom senso e da isenção de preconceitos e tabus. E os livros espíritas infantis são transmissores de lições preciosas, facilitando, nas pequeninas almas, a eclosão de qualidades morais indispensáveis à formação da mentalidade cristã, primordial para que a criança possa “fugir do abismo da liberdade, controlando-lhe as atitudes e consertando-lhe as posições mentais, pois que essa é a ocasião mais propícia à edificação das bases de uma vida”.
Clara Lila Gonzales de Araújo

Fonte: Revista Reformador, Abril de 2011.

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Sejamos Conscientes!

Homens, irmãos, ainda que não possais viver santamente, à face dos instintos inferiores que nos atenazam as almas, animalizadas ainda por duros gravames do passado culposo, reduzi, quanto puderdes, as quedas de consciências! Quando não seja por vós, fazei-o pelos mortos que vos amam de uma vida mais bela!...

Disciplinai-vos, em respeito a eles, guardiães invisíveis que vos estendem as mãos!... Pais e mães, esposos e esposas, filhos e irmãos, amigos e companheiros, que supondes perdidos para sempre, em muitas ocasiões vos acompanham de perto, acrescentando-vos a alegria ou partilhando-vos a dor!... Quando estiverdes
a ponto de resvalar, nos despenhadeiros da delinquência, pensai neles! Ser-vos-ão generosos, indicando-vos o caminho, na noite das tentações, à feição das estrelas que removem as trevas! Vós que sabeis reverenciar as mães e os mestres encanecidos na abnegação, que ainda respiram no mundo, compadecei-vos também dos mortos, transfigurados em afetuosos cireneus, a nos compartirem as cruzes das provações merecidas, em dorido silêncio, quando, muitas vezes, não somos dignos de oscular-lhes os pés!...
"Irmão Félix"

Extraído do livro "Sexo e Destino", do Espírito André Luiz.
Trecho psicografado por Waldo Vieira.

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